25 agosto, 2011

Dilma e Alckmin : parceria está dando o que falar



A foto é da visita de Dilma a Rio Preto, em 19/8 - a primeira vez, em 34 anos, que um presidente-em -exercício visita a cidade.

A presidenta e o governador paulista dividiram o palco em diversos eventos e Dilma se referiu a Alckmin como "excepcional parceiro".


Setores petistas estão incomodados com o "namoro", que foi também condenado pelo primeiro-serrista Aloysio Nunes, em
matéria do Diário da Região. Dia seguinte, o senador rio-pretense disse que não poderia condenar essa aproximação política "porque ela simplesmente não existe", e que água e vinho não se misturam (quem é a água e quem é o vinho, cara-pálida?).
Pois tomara que ela se suceda, sem parar!
Participo de blogs progressistas onde me conhecem como lulodilmista e causo indignações por assumir que, em São Paulo, sou admiradora de Alckmin.
Entendo a gritaria. Fica difícil, pra partidários desta ou daquela ideologia, aceitar a mistureba do "lulismo" com a doutrina neoliberal.
Acontece que o próprio Lula não é tão marxista assim, seu governo já foi taxado de continuísmo de FHC. Dizem que que Lula inventou o "capitalismo à brasileira".
As pessoas não são iguais e o mesmo partido pode apresentar governos bem diferentes, de acordo com a marca de seu condutor.
Sob o guarda-chuva de padrinhos despóticos, prefeitos instauram a "democradura", uma ditadura civil-militar disfarçada - que não encontra guarida nos governos Alckmin.
E tem também o fator simpatia. É aquela história de "vou com a cara de fulano e não com a cara de sicrano", "meu santo não bate com o dele".
Estive frente a frente com o governador tucano não poucas ocasiões. O "Xuxu" foi sempre receptivo a mim, jornalista, e a todos que se aproximavam. Alckmin é de uma simplicidade incrível.
Pessoa comum, assim como me parecem ser o Lula e a presidenta Dilma - desses, coitada de mim, ainda nem passei perto. É o trio dos meus sonhos.
E sonhar ainda é possível, mesmo numa democradura.