28 setembro, 2011

Querem que a Corregedora não corrija

O STF deve julgar até outubro ação da Associação Brasileira de Magistrados que limita os poderes da Corregedoria Nacional de Justiça.
Declaração da corregedora Eliana Calmon:
"Disse, repito e está em todos os jornais. Acho que isto é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga".
O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, lidera corrente repudiando as palavras da corregedora. Juízes se dizem "indignados" por serem colocados sob suspeição.
Na minha humílima opinião, não deveriam ter vestido a carapuça.
Ué, tá certo que são "excelências", mas deixaram de ser homens de carne e osso, falíveis e mortais? Onde houver "gente", sempre existirá a banda podre - estão aí os Lalaus, os Rocha Mattos e Medinas. Unicamente para ela é que serve a manifestação da corregedora.
Os "insolências" que se comportem, mulheres valorosas não hesitam em usar a vassoura. A Presidenta Dilma abriu a fila, assumindo a tarefa que o clube do Bolinha sempre recusou, de passar o governo a limpo, e muitas "Lulus" - com todo respeito - vêm pelo mesmo caminho.
A análise da magistrada não foi surpresa, apenas constatação da Verdade.
Mas a Verdade quase sempre incomoda.
Poucos estão acostumados a lidar com ela.

P.S. - Ontem, 14/11, Calmon reafirmou, no programa Roda Viva, que há "bandidos togados".
Personalidade é pra quem tem, não pra quem quer.

25 agosto, 2011

Dilma e Alckmin : parceria está dando o que falar



A foto é da visita de Dilma a Rio Preto, em 19/8 - a primeira vez, em 34 anos, que um presidente-em -exercício visita a cidade.

A presidenta e o governador paulista dividiram o palco em diversos eventos e Dilma se referiu a Alckmin como "excepcional parceiro".


Setores petistas estão incomodados com o "namoro", que foi também condenado pelo primeiro-serrista Aloysio Nunes, em
matéria do Diário da Região. Dia seguinte, o senador rio-pretense disse que não poderia condenar essa aproximação política "porque ela simplesmente não existe", e que água e vinho não se misturam (quem é a água e quem é o vinho, cara-pálida?).
Pois tomara que ela se suceda, sem parar!
Participo de blogs progressistas onde me conhecem como lulodilmista e causo indignações por assumir que, em São Paulo, sou admiradora de Alckmin.
Entendo a gritaria. Fica difícil, pra partidários desta ou daquela ideologia, aceitar a mistureba do "lulismo" com a doutrina neoliberal.
Acontece que o próprio Lula não é tão marxista assim, seu governo já foi taxado de continuísmo de FHC. Dizem que que Lula inventou o "capitalismo à brasileira".
As pessoas não são iguais e o mesmo partido pode apresentar governos bem diferentes, de acordo com a marca de seu condutor.
Sob o guarda-chuva de padrinhos despóticos, prefeitos instauram a "democradura", uma ditadura civil-militar disfarçada - que não encontra guarida nos governos Alckmin.
E tem também o fator simpatia. É aquela história de "vou com a cara de fulano e não com a cara de sicrano", "meu santo não bate com o dele".
Estive frente a frente com o governador tucano não poucas ocasiões. O "Xuxu" foi sempre receptivo a mim, jornalista, e a todos que se aproximavam. Alckmin é de uma simplicidade incrível.
Pessoa comum, assim como me parecem ser o Lula e a presidenta Dilma - desses, coitada de mim, ainda nem passei perto. É o trio dos meus sonhos.
E sonhar ainda é possível, mesmo numa democradura.

06 junho, 2011

Dar posse ao parceiro pode ser complicado

Ainda corretora em Sampa, fui escalada para mostrar aptos. a um jornalista que acabava de retornar dos EUA, Antônio Pimenta Neves.
Não vendi pro "seu Antônio", ele desistiu de morar na vertical e optou por imóvel no chão, com limite de U$ 300 mil - e eu só trabalhava com casas acima de U$ 500 mil. A "mansão" mostrada nos noticiários é apenas um sobrado classe média.
A impressão que eu tive dele? Um homem educado mas de postura muito rígida, conservadora e autoritária. Normal para sua faixa etária e elevados cargos diretivos que ocupou na brilhante carreira jornalística.
Ao contrário da maioria, não tenho a mínima aptidão para agravar ainda mais a condição dos executores de crimes passionais. Vejo ambos os lados como vítimas. Pimenta, até então altamente bajulado no mundo das redações, passou a ser tratado pelos colegas como o monstro da vez, o Doca Street ou Lindomar Castilho do novo século.
As semelhanças entre eles: foram rejeitados de forma abrupta pelas amadas e tinham revólver à mão.
Tirante o Doca, a coisa pega também na diferença de idade. Vi amigas e irmãs terem sérios problemas com o relacionamento de posse que se estabelece, principalmente se o "velhinho" lhe proporcionou presentes ou vantagens. Deixam que eles determinem o que devem ou não vestir, onde devem ir, com quem e o que falar.
Não estou dizendo que houve interesse financeiro das parceiras, mas se deixaram "possuir" enquanto a posse lhes era agradável. Ao se tornar um fardo, querem tirá-lo das costas sem o menor tato.
Convidadas por um amigo, eu e minha irmã fomos jantar na Família Mancini, cantina in de Sampa onde costumava aparecer até o Roberto Carlos. Tamo lá, saboreando fundos de alcachofra, quando surje o "namorado-papai" da mana. Com sua voz poderosa, começou a gritar: "P.. quanto é p.... nasce p... e morre puta! ( a "puta" era alta funcionária de tribunal).
Enquanto vociferava, meu "cunhado" transpirava no frio paulista como se estivesse no deserto do Saara. Pensei que fosse ter um infarto ali mesmo.
Amor de homem maduro é fogo! É preciso dar a ele um tempo para se recompor. Ninguém aceita bem uma separação, menos ainda os machões tradicionais. Dizem os especialistas que a perda mexe com a serotonina, produzindo uma reação química que tira a normalidade psíquica por um certo tempo. Dizem também que todos temos uma fera dentro de nós.
O que falta na mídia, além de malhar o "monstro", é divulgar dicas para que mulheres saiam vivas de uma relação possessiva.
Os conselheiros amorosos poderiam elaborar um manual "antimachistaabandonado" que ensine as mulheres a não despertarem a besta adormecida.
Para poderem viver mais.

16 abril, 2011

Já vi esta roupa

Desde que comecei a botar reparo em Dilma Rousseff, então candidata à Presidência, me chamou a atenção saber que ela rodava em Brasília a bordo de seu carro 97 (veinho mesmo). Houve debate a respeito no Tijolaço, o vibrante blog do Brizola Neto, e eu elogiei a personalidade da condutora. Uma fulaninha me interpelou, garantindo que era demagogia de Dilma. Tá bom, retruquei, "mas uma demagogia que ninguém usa.Figurão algum tem essa coragem, só aparecem em carrões último tipo."
Hoje ela é Presidenta e continua a mesma. Este modelito cinza e preto já é manjado, mas segue firme em seu guarda-roupa.
A foto é da primeira-mandatária do Brasil em recente visita à Grécia. Dilma não tem medo de repetir roupas trajes. A moda não a escravizou. Mulher comum, sem afetações.
Gosto disso.